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Comércio exterior: entre marés altas e ventos favoráveis – Brasil de 2024 a 2025.

Comex, Mercado

2024 foi um ano intenso para o comércio exterior brasileiro. Em meio a desafios globais e oportunidades inéditas, o setor mostrou, mais uma vez, a força e a resiliência que caracterizam nossos empresários. Estratégia, agilidade e inovação foram fundamentais para atravessar este cenário dinâmico e cheio de incertezas. 

Mas o que tudo isso significa para o futuro? Para 2025, é essencial que o radar do empresário esteja ajustado. Nossa equipe de especialistas analisou os dados, tendências e riscos e reuniu os 6 principais pontos de atenção que podem influenciar diretamente os negócios no próximo ano.

Quer saber como o comércio exterior pode continuar sendo uma alavanca de crescimento para sua empresa e como se preparar para o que vem por aí?

Continue a leitura e confira as perspectivas para Comércio exterior . Vamos nessa?

 

 

Balanço de 2024

De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços divulgou nesta segunda-feira, 6 de janeiro, o superávit da balança comercial brasileira em 2024 US$ 74,6 bilhões, o segundo maior da série histórica, atrás apenas do registrado em 2023, que foi de US$ 98,9 bilhões. As exportações representaram US$ 337 bilhões, enquanto as importações US$ 262,5 bilhões. Acompanhe o relatório completo, aqui.

A China manteve-se como o principal parceiro comercial do Brasil, com destaque para as exportações de soja, minério de ferro e petróleo. Apesar disso, a dependência de commodities continua sendo uma questão relevante, destacando a necessidade de diversificação na pauta de exportações.

 

 

Retrospectiva 2024: desafios e transformações no comércio exterior

O ano foi marcado por desafios importantes que moldaram o cenário do comércio exterior. Entre eles, o aumento expressivo nos custos de frete marítimo foi um dos destaques. Esse aumento foi impulsionado por uma combinação de fatores, como os ataques no Estreito de Bab el Mandeb, que afetaram a segurança e logística global, e os feriados na China, incluindo o Ano Novo Chinês, que causaram atrasos significativos e o acúmulo de cargas.

Além disso, a modernização das frotas e a inesperada demanda de transporte devido às exportações da BYD, em resposta a mudanças na taxação de carros elétricos no Brasil, contribuíram para pressionar ainda mais os custos logísticos. 

Se já não estava emocionante o suficiente, outro fator relevante foi a valorização do dólar, impulsionada pelas altas taxas de juros nos Estados Unidos e tensões geopolíticas globais. Esse cenário trouxe desafios para setores que enfrentaram custos crescentes de importação, mas também abriu oportunidades para exportadores, que se beneficiaram da maior competitividade no mercado internacional.

Confira também o artigo Balanço do primeiro semestre do comércio exterior em 2024.

O que passou, passou… estamos de olho no futuro. Como estão as perspectivas para Comércio exterior em 2025?

Olhando para 2025, as projeções são otimistas. A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) estima um superávit de US$ 93,048 bilhões, um aumento de 23,7% em relação a 2024. As exportações devem atingir US$ 358,828 bilhões, impulsionadas pela recuperação nas exportações de commodities.

 

O cenário é promissor, mas exige preparação. Aqui estão seis fatores essenciais para colocar no radar em 2025:

  1. Volatilidade Cambial

A oscilação do câmbio continuará sendo um ponto de atenção. Com impacto direto nos custos de importação e exportação, a volatilidade cambial exige estratégias robustas de hedge e planejamento financeiro. Garantir previsibilidade será essencial para manter a competitividade das empresas brasileiras no mercado global.

 

  1. Tensões Geopolíticas

Conflitos internacionais têm o poder de influenciar cadeias de suprimentos e a demanda por produtos brasileiros. Monitorar o cenário global será fundamental para antecipar riscos e ajustar estratégias comerciais, especialmente diante de instabilidades em regiões estratégicas.

 

  1. Reformas Internas

Reformas como a tributária podem alterar significativamente o ambiente de negócios. Acompanhá-las de perto permitirá que as empresas se adaptem rapidamente e aproveitem os benefícios de processos mais simplificados e eficientes, conforme apontam especialistas sobre as perspectivas para Comércio exterior.

 

  1. Inovação e Tecnologia

A modernização tecnológica é indispensável. A adoção de ferramentas como o Novo Processo de Importação (NPI) trará ganhos de eficiência operacional. Empresas que investirem em automação estarão melhor posicionadas para enfrentar a concorrência global.

 

  1. Sustentabilidade e ESG

A demanda por práticas sustentáveis continua crescendo. Adotar padrões de governança ambiental e social será essencial para garantir a aceitação dos produtos brasileiros no mercado internacional e abrir portas para novos investidores e mercados.

 

  1. Guerra comercial entre China e Estados Unidos

A disputa entre as duas potências influencia diretamente o comércio global, e o Brasil, como parceiro de ambos, precisa adotar uma postura estratégica. Investir em diversificação de mercados e fortalecer a indústria nacional serão passos cruciais para mitigar riscos e aproveitar oportunidades.

 

Mar calmo nunca fez bom marinheiro, mas quem se prepara sabe como navegar na tempestade. Apesar dos desafios, 2025 promete ser um ano de oportunidades para o comércio exterior brasileiro. Estratégia, agilidade e inovação continuarão sendo indispensáveis para que o Brasil aproveite o potencial do mercado global e se posicione como um player de destaque.

 

Acompanhe mais análises e atualizações aqui no Canal Verde da BM3 Trading.

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