A prática ESG no Comércio Exterior pode não ser uma pauta nova, mas no Brasil, estamos começando a trilhar um longo e promissor caminho nesse sentido. Há um grande potencial para avançarmos rapidamente nessa área, atendendo às expectativas do mercado internacional e contribuindo significativamente para o desenvolvimento sustentável das populações. Com dedicação e inovação, podemos liderar essa transformação e nos posicionar como um exemplo positivo no cenário global.
Vale destacar que o conceito e definição da sigla ESG é a mesma em qualquer lugar do mundo, sendo uma agenda internacional faz-se necessário manter o padrão. Sendo um assunto global, esse é um tema de grande importância para as empresas de forma geral e que gera alto impacto no Comércio Exterior.
Quer saber como o ESG impacta o COMEX? Continue lendo e Let’s Rock!
Mas afinal, o que é ESG?
Em resumo, ESG é a sigla para Environmental, Social and Governance, representando uma agenda global focada nos aspectos ambientais, sociais e de governança das empresas.
Desenvolvida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2004, essa metodologia visa avaliar os impactos socioambientais e integrar os aspectos ambientais, sociais e de governança aos interesses financeiros das empresas. É importante ressaltar que o ESG não sugere a renúncia voluntária ao lucro. Pelo contrário, a agenda reconhece que uma empresa precisa ser lucrativa, mas esses lucros não devem ser obtidos a qualquer custo.
Environmental (Ambiental): conjunto de ações que colaboram para maior cuidado ao meio ambiente e preocupação com as mudanças climáticas;
O que fazemos?
- Captação de água da chuva: capacidade de 100.000 litros;
- Usina de energia solar: 1.200 placas = 30.000 kWh;
- Reutilização de 100% das aparas industriais;
- Política de Papel Zero.
Social: inclui pautas como direitos humanos, inclusão, diversidade e bem-estar animal
O que fazemos?
- Campanha do agasalho;
- Doação de sangue no Hemocentro da cidade de Tubarão/SC;
- Distribuição de cestas básicas.
Governança: também chamado de compliance, visa maior transparência nas empresas, tanto com seus investidores e acionistas quanto com o público e a sociedade em geral.
O que fazemos?
- Estruturas de Conselhos;
- Área de Compliance implementada e consolidada desde agosto de 2021;
- Balanços auditados (independente).
10 pilares do nosso Programa Compliance
- Gerenciamento de riscos corporativos;
- Política de segurança e acesso à informação;
- Conformidade com a LGPD;
- Canal de ouvidoria;
- Código de conduta ética;
- Auditoria externa;
- Plataforma de assinatura de documentos 100% digital e certificada pelo Governo federal;
- Due diligence;
- Treinamentos.
ESG e a relação entre as empresas do comércio exterior
Um ponto crucial da agenda ESG no Comércio Exterior é garantir que os mesmos princípios adotados pela empresa sejam aplicados por seus parceiros.
Afinal, não adianta uma empresa tratar bem os funcionários da matriz e terceirizar sua produção para fábricas em países em desenvolvimento que não respeitam os direitos humanos.
Assim, o ESG impacta diretamente a forma como as empresas de Comércio Exterior interagem e fazem negócios.
No entanto, o Brasil ainda está atrasado na adoção do ESG, o que faz com que muitos importadores e exportadores internacionais prefiram negociar com países mais avançados nessa agenda.
Benefícios do ESG no Comex
Quanto aos benefícios do ESG no Comércio Exterior, podemos destacar 03 (três):
Atrair investimentos
Investidores estão cada vez mais interessados em investir não somente pensando no retorno financeiro, mas também no alinhamento de filosofia.
Ou seja, empresas que adotam práticas ESG tendem a atrair mais investimentos e têm performances acima da média.
Reforçar a imagem da companhia
O ESG no Comércio Exterior também possui um grande impacto na imagem da empresa, reforçando-a junto a seus públicos e sociedade. Além disso, está permitindo abrir novos mercados e atingir novos públicos.
Além do aspecto social e ambiental, boas práticas de governança reforçam a imagem da companhia frente aos investidores.
Afinal, com maior foco no compliance e transparência dos processos, mais robusta e sólida é a empresa. Assim, torna-se mais atrativa para investidores e seus acionistas.
Acompanhar tendências na preferência dos consumidores
Os consumidores estão cada vez mais ambiental e socialmente conscientes. De modo que exigem das marcas o mesmo posicionamento.
Assim, alinhar-se aos princípios do ESG é sinônimo de acompanhar as tendências e, potencialmente, encontrar novos mercados e públicos.
Vale destacar que as pessoas estão dispostas a gastar mais por produtos social e ambientalmente corretos. Enfim, os negócios tendem apenas a ganhar com a pauta sustentável.
E, você sabe quais os impactos do ESG no Comércio Exterior?
O ESG no Comércio Exterior é uma pauta fundamental, pois impacta diretamente todas as áreas, já que o comércio internacional tem fortes impactos sociais e ambientais.
Não podemos deixar de destacar que grande parte da cadeia de suprimentos do comércio internacional é movida a combustíveis fósseis. Nos EUA, por exemplo, o transporte é responsável por 27% das emissões, sendo o principal responsável pelas emissões de gases de efeito estufa do país.
Assim, cada vez mais empresas do comércio exterior vêm sendo pressionadas a adotar práticas mais sustentáveis. Isso inclui investimentos em energias renováveis, digitalização e tecnologias que impulsionam a redução de emissões.
Além disso, pressões de regulamentações e legislações fazem com que o aspecto de governança ganhe proeminência. Dessa forma, o ESG no Comércio Exterior está impulsionando a busca por processos mais eficientes e melhores controles internos.
À medida que a legislação e os importadores se tornam mais exigentes, empresas que adotam ESG no Comércio Exterior tendem a aproveitar:
- Acesso a mais investimentos;
- Menor burocracia;
- Benefícios fiscais e subsídios;
- Melhor posicionamento de marca.
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