O que esperar do Comércio Exterior em 2024?

A BM3 Trading analisou quais as perspectivas desse ano que se inicia para o Comércio Exterior brasileiro.

Fazer previsões para o cenário do comércio exterior é uma tarefa complexa, pois envolve a análise de diversos fatores, como acontecimentos recentes, contexto global, a situação econômica local, políticas internas e externas e guerras.

Entretanto, é possível identificar algumas tendências que provavelmente terão impacto no comércio exterior em 2024.

Pensando nisso, escrevemos este artigo para explorarmos algumas tendências para o comércio exterior brasileiro. 

Vem com a BM3 Trading e saiba o que esperar do Comércio Exterior em 2024.

Transporte e logistica de contêiners.

Novo processo de importação

O Novo Processo de Importação (NPI) do Brasil, iniciativa governamental em andamento desde 2018, promete desburocratizar e revolucionar a importação.

O NPI tem como objetivos simplificar e digitalizar a gestão de informações; assim como aconteceu com a Declaração Única de Exportação (DU-E). Exigindo que os importadores forneçam todos os dados necessários apenas uma vez.

Este sistema unificado integra elementos como o Catálogo de Produtos, a Declaração Única de Importação (DUIMP), entre outros documentos relevantes, com a expectativa de tornar-se obrigatório no ano de 2025.

As empresas importadoras e seus parceiros deverão se adaptar a este processo em 2024, preparando-se para uma transição que promete mais transparência, eficiência e agilidade. A padronização de dados, incluindo cadastros e atributos de produtos, é essencial para garantir uma implementação suave.

O NPI é visto como um passo significativo para reduzir as burocracias que elevam os custos e riscos no comércio exterior, com a expectativa de um impacto econômico positivo, aumentando a corrente de comércio e contribuindo para o crescimento do PIB.

 

Reforma Tributária

Reforma tributária.

A Reforma Tributária promete ser um grande passo para o comércio exterior brasileiro. A proposta inclui a criação de três tipos de impostos: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), gerida pela União; o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), sob administração dos Estados e Municípios; e o Imposto Seletivo (IS), que incidirá sobre produtos prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente.

Esses impostos visam simplificar o sistema tributário, especialmente nas importações, substituindo as complexas regras atuais de ICMS e ISS. A reforma também busca preservar benefícios fiscais em áreas especiais como a Zona Franca de Manaus.

A expectativa é que a unificação dos impostos reduza o ‘Custo Brasil’, que hoje representa cerca de 38% do lucro anual das empresas, segundo o Movimento Brasil Competitivo (MBC). Isso poderá tornar os produtos brasileiros mais competitivos no mercado internacional e simplificar a tributação para empresas estrangeiras, que atualmente enfrentam um sistema complexo e fragmentado.

Teoricamente, a reforma promete mais transparência e eficiência, mas sabemos que sua implementação é um desafio e levará tempo, considerando também o cenário econômico global e local.

Leia também: Ano Novo Chinês: 2024 – O ano do Dragão

Acordos internacionais

Novos acordos internacionais.

Uma das grandes expectativas no comércio exterior brasileiro, em 2024, é a concretização de novos Acordos Comerciais. O Brasil, que atualmente lidera blocos como o BRICS e o Mercosul, está em negociações com diversos países e blocos econômicos. A entrada mais ativa da diplomacia brasileira nessas conversas é vista como um passo importante para impulsionar o comércio e atrair investimentos.

Um dos destaques é a possível assinatura do Acordo Comercial entre o Mercosul e a União Europeia. Se ratificado, esse acordo abrirá as portas do mercado dos 27 países da União Europeia para o Brasil, criando expectativas de aumento na geração de empregos e um crescimento significativo nas exportações.

Vale lembrar que a União Europeia é o segundo maior parceiro comercial do Mercosul, o bloco é o oitavo maior parceiro da UE.

 

ESG

Environmental, social, e governança corporativa (ESG).

A tendência de foco na Agenda ESG (Environmental, Social, and Governance) está se mostrando cada vez mais relevante para o comércio exterior em 2024. Conforme indicado pelo estudo “Panorama 2024”, realizado pela Amcham Brasil em parceria com a Humanizadas, que ouviu 694 empresários.

O ESG é uma das principais forças a influenciar empresas em 2024, mencionada por 51% dos executivos entrevistados.

No contexto do comércio exterior, a adoção de práticas ESG, é uma tendência que pode ser um diferencial competitivo significativo. Empresas que adotam padrões ambientais, sociais e de governança mais rigorosos podem se beneficiar de uma melhor reputação no mercado global, acesso a novos mercados e parcerias, além de potencialmente atrair investimentos mais sustentáveis.

Com consumidores e parceiros comerciais cada vez mais conscientes e exigentes em relação à sustentabilidade e responsabilidade corporativa, as práticas ESG podem ser um fator decisivo nas  relações comerciais internacionais e nas decisões de compra.

 

Inteligência artificial

Inteligência artificial, o futuro da tecnologia.

Segundo estudo da Amcham Brasil, 60% dos empresários entrevistados identificaram a IA como uma das tendências mais importantes para o próximo ano. No comércio exterior, a IA tem o potencial de revolucionar desde a automação de processos repetitivos até a melhoria da eficiência operacional e análises de dados preditivos.

Além disso, a IA é uma tendência que pode desempenhar um papel crucial na tomada de decisões estratégicas, ajudando as empresas a navegar em mercados internacionais complexos e dinâmicos. Com a crescente integração da IA nos negócios, espera-se que as empresas que adotarem essas tecnologias avançadas ganhem vantagens competitivas significativas, como maior agilidade, precisão nas operações e capacidade de resposta rápida às mudanças do mercado.

Portanto, para as empresas brasileiras focadas no comércio exterior, investir e integrar soluções de IA pode ser um passo fundamental para se manterem relevantes e competitivas no cenário global em 2024.

Em resumo, as tendências indicam expectativas positivas para o comércio exterior brasileiro. No entanto, para que essas previsões otimistas se concretizem, é crucial considerar uma série de fatores. 

Um ambiente econômico internacional estável, políticas públicas eficazes, controle da inflação, equilíbrio fiscal, redução de custos logísticos e burocráticos, novos acordos comerciais e inovação tecnológica nas empresas. A colaboração entre o setor privado e o governo é essencial para capitalizar essas tendências e garantir um ano de destaque para o Brasil no comércio global.

 

Leia também: Retrospectiva 2023 do Comércio Exterior Brasileiro.

 

Agora você já sabe o que esperar para o Comércio Exterior em 2024.

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Até a próxima!

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